Numa tarde de sábado...

Estou sentado na Império a saborear uns belos rissóis e um fino. Amo a baixa desta bela cidade! Tanta gente e tanto movimento. Tanto cruzar de olhares, tanto conhecimento para absorver. Pessoas a pedir, pessoas a tocar. Agora vejo um a tocar xilofone! Dou mais uma trinca ligeira no rissol e agora sei. Agora sei que sou eu e sinto-me bem com isso.
Sempre achei que a baixa tem uma magia especial (tenho mesmo de arranjar um sinónimo para magia). Mesmo com o tempo que está, as pessoas deambulam alegremente pela Rua de St. Catarina vendo as montras envergonhadas. Sim, porque a crise é para todos menos para quem a fez.
Vejo o sol raiar, tímido, através do amarelo transparente da minha Super Bock. Sorrio. Estou a aproveitar o meu próprio tempo livre, fazer como e o que gosto. Isto é felicidade. Ser feliz não é dizer "quanto tiver uma casa minha serei feliz" ou "quero um filho" e muito menos "quando encontrar alguém que me ame". Sei que é muito mais que isso. Só ainda não sei a fórmula. Quando souber digo-vos...

Devia ser a felicidade não tem fim...mas não.

Ciclos. Se tivesse que fazer um apanhado sobre a felicidade do ser humano, resumia tudo em ciclos. Nasce feliz e inconsciente. Quando ganha consciência, começam os problemas. Ciclos. Nunca será possível sermos sempre sempre felizes. Muito mais fácil é sermos infelizes para todo o sempre. "A felicidade é como a gota de orvalho numa pétala de flor. Brilha tranquila; depois de leve oscila e cai como uma lágrima de amor". Cai e desfaz-se. Absorvida pela terra, ingerida pela árvore e libertada para a atmosfera. Chove. Se tivermos sorte, recebemos novamente uma das gotas de felicidade. Tudo se transforma, tudo se renova. Eventualmente. O tempo de cada ciclo não sei. E acho que não quero saber. O que sei é que, um dia, todos temos direito a chuva!

"Tristeza não tem fim, felicidade sim,". E o resto, só o poeta sabia.

Surpresas no metro

Um destes dias, quando descia as escadas rolantes para o metro, encontrei esta "mensagem". Surpresa... Parece que ele há quadros, mensagens e imagens. Boa cena :)

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Deitar cedo e cedo erguer...

...dá sono e faz envelhecer.

Hoje acordei às 6 da manhã só porque sim. Dormir umas 5 horitas normalmente não chega, mas hoje parece que o meu corpo queria viver! Fê-lo de uma forma estranha... Enquanto lutava para dormir de novo, estava contantemente a ouvir a mesma música, repetindo-se incessantemente contra a minha vontade. Sou contra não termos um botão de off/on! Do you hear me god?
Acho que só tinha ouvido esta música umas duas vezes e no entanto ficou cá gravadinha e foi responsável por me acordar a horas impróprias para quem trabalha de manhã.

Vou partilhar. Pode ser que seja interessante para mais alguém e que não me tire o sono só a mim =)

Quão fácil é perder a vida?

É oficial! Está tudo louco...Não pude sentir indiferença ao ler uma notícia no Expresso sobre como uma enfermeira de 32 anos morreu vítima de um soco. Um soco!!! É chocante como a nossa vida é tão frágil...Uma discussão acesa por causa de um bilhete de metro origina a morte de alguém. Caminhamos para a demência!

Deixo aqui o link para a notícia, com video incluído. In Expresso

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Diferenças e indiferenças

A diferença dele para todos os outros. A indiferença dela para com ele.

A diferença para a maioria. Amor.

Escrito na pedra

Pequenas coisas que tantas e tantas vezes já despertaram partes de mim que não conhecia. De todas as coisas são coisas importantes. Esta vinha no Público de hoje...Ao folhear o jornal enquanto desfrutava de um café da Império descobri esta pequena frase de Fernando Pessoa. É curioso como a nossa mente parece funcionar...Já tinha virado a página, já ia pegar no café para dar mais um trago e eis que o meu cérebro me diz: "Alto lá, isto faz sentido!" . -Mas isto o quê?- Apressei-me a virar a página de novo para trás e, agora sim, li e percebi. Percebi a frase e percebi que há pequenas coisas que nos acontecem sem que nos apercebamos e que se estivermos mais atentos podem ajudar-nos, guiar-nos. Esta valeu por me fazer pensar que estou vivo e de saúde e que isso é que interessa!

=)

Música e nós

Há coisas que nunca hão-de mudar na vida. Uma das que eu acho mais agradáveis e que adoro que me aconteça é ouvir música nova. Ouvir música nova é sempre uma experiência gratificante e enriquecedora! Mas melhor mesmo é ouvir música nova e ficar "..."! Sem palavras e com um arrepio de corpo cheio. Ouvir a mesma música em repeat durante uma hora até cansar e passar à próxima.

Hoje mostraram-me uma banda nova. As palavras foram "A melhor banda do mundo". Se eu não confiasse no gosto musical da pessoa, teria ficado logo de pé atrás...Mas a surpresa foi boa. E assim apresento uma música que me impressionou por ter sido gravada ao vido. Aconselho ouvirem os últimos 1:30-2 minutos. A qualidade do som é que podia ser melhor... :(

Wilco - Misunderstood

Beijos e abraços

1 ano depois...

Faz hoje um ano que perdi uma paixão. Um dia que preferia esquecer mas que está sempre comigo :( Um dia conquisto-te de novo...

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Chegou o Inverno

Estou a olhar lá para fora e vejo gaivotas encolhidas de frio. Dançam com as asas levantadas enquanto descansam, imagino, do temporal que está à beira mar. Eu já tive frio esta noite...e assim chega o Inverno.

É agora que sentimos aquela corrente de ar pela frincha da porta, invisível, cinzenta, chata. Arrepia-nos as costas e sentimos o desagradável frio e desconforto, seguido de um calorzinho reconfortante quando puxamos a roupa para baixo, apertamos o casaco no pescoço ou nos enrolamos no cobertor enquanto vemos um filme. É nestas alturas que damos valor a ter um sitio só nosso para voltar ao fim da noite. Aquele sitio que nos devolve o calor interno. Calor que conforta como a nossa mãe costumava fazer quando eramos crianças e nos aconchegava os cobertores...

Apesar de ser desagradável, o frio deixa ver e sentir coisas que não se vêm nem se sentem no verão. Adoro acordar de manhã cedo e ver o sol tímido e amarelo aquecer a rua. Caminhar para o metro medindo cada passo, aproveitando cada momento do sol que me aquece o corpo ainda entorpecido da noite mal dormida. Sol envergonhado mas muito apreciado que me tem acompanhado todos os dias nas viagens solitárias, nos passeios pela baixa. Sorrio...

Descobri que também gosto do Inverno.